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domingo, 5 de setembro de 2010

Você

Perdido em meus pensamentos,
No silêncio da noite,
Na escuridão do meu quarto.
O brilho do seu sorriso vem na minha mente,
Como um sol nascente, após dias de chuva.
Abro a janela e sinto seu cheiro no ar,
Ouço sua voz bem longe a cantar.
Uma música tão bela, que aqui da janela, com meu violão, fico a te acompanhar.
Cantemos a saudade, o amor, a tristeza, a felicidade, a melancolia,
Na esperança que um dia, nos palcos da vida, possamos nos encontrar.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Misteriosa lua


Olho para o céu e te vejo,
Cheia e toda iluminada.
Escondendo seus segredos,
Que no meu desassossego,
Uma vontade louca me dá,
de seus mistérios desvendar.

Quem seria tu lua?
Seria apenas a lua?
Uma Deusa?
Uma ilusão?
Ou quem sabe,
Uma triste saudade,
De noites passadas?


Aquele beijo tão doce,
Que como uva eu chupava,
Os lábios da mocinha,
Que em meus ouvidos sussurrava.
E lá no céu, lua, somente tu iluminava.

Fui-me embora pra bem longe,
E dela nunca esqueci,
E foi numa noite de lua cheia,
que este poema escrevi.
Para lembrar da promessa,
Que um dia eu deixei,
Enquanto a lua brilhar no céu,
Te esperando eu estarei.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

PARA VIVER UM GRANDE AMOR

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso.
Muita seriedade e pouco riso, para viver um grande amor.
Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher.
Pois ser de muitas, pôxa!, é pra quem quer, nem tem nenhum valor.
Pra viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro
E ser de sua dama por inteiro, seja lá como for.
Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada
E portar-se de fora com uma espada para viver um grande amor.

Para viver um grande amor direito, não basta apenas ser um bom sujeito.
É preciso também ter muito peito, peito de remador.
É sempre necessário ter em vista um crédito de rosas no florista,
Muito mais, muito mais que na modista!
Para viver um grande amor.
Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas,
Molhos, filés com fritas - comidinhas para depois do amor.
E o que há de melhor que ir para a cozinha e preparar com amor uma galinha
Com uma rica e gostosa farofinha para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto,
E até ser, se possível, um só defunto pra não morrer de dor.
É preciso um cuidado permanente não só com o corpo, mas também com a mente,
Pois qualquer "baixo" seu a amada sente e esfria um pouco o amor.
Há que ser bem cortês sem cortesia, doce e conciliador sem covardia.
Saber ganhar dinheiro com poesia, não ser um ganhador.
Mas tudo isso não adianta nada se nesta selva escura e desvairada
Não se souber achar a grande amada para viver um grande amor.

Toquinho / Vinicius de Moraes



Eu não ando só
Só ando em boa companhia
Com meu violão
Minha canção e a poesia

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Toda forma de expressão

Minha vida eu divido em duas fases.
Uma quando não conhecia a poesia
E outra quando comecei a ler poesias.
Com Manuel Bandeira, conheci pasárgada.
Com Vinicios conheci o amor.
Com Leminsk, minha vida.
Com pessoa outro eu sou.

Talento eu nunca tive,
Nem era muito de escrever.
Numa noite muito longa.
Uns versinhos fui fazer.

Minha mente foi se abrindo,
Um novo mundo conheci.
A arte das palavras,
Me levaram até aqui.
Por isso eu digo a todos,
Não fale isso não.
Poesia não é só talento,
É um sopro de emoção.
Traduzido em palavras,
E NADA É ESCRITO EM VÃO.

DEUS É JUSTO?


Até onde o senhor me ajuda?
Anos de fé, dias na igreja,
Vida pra ele, nem uma cerveja.
Pedi tanto sua ajuda,
Não queria muita coisa,
Apenas um emprego,
Um trabalho, nada mais.
Mas, nem com oração,
E o tanto que corri atrás.
Nesse mundo lhe pergunto.
QUE JUSTIÇA O SENHOR FAZ?

Pobres cristões passando fome,
Na seca não tem o que comer.
Seus filhos que choram,
Não conseguem entender.
Seus pais que ficam aflitos,
Não tem o que fazer.

Olham pro céu, sem óculos escuros
Perguntam: Senhor, o que eu fiz para merecer?
Observando isso tudo, uma tristesa me dá.
E a justiça divina, onde o senhor esta?
Ultima prece lhe faço, sei que não mereco perdão.
Mas pare de punir os pobres, pois eles não merecem não...

Confesso



Confesso, Conto tudo pro sinhô!
Tenho que confesar!

Vivo na poesia,
Mundo louco das palavras.
Pois nessa selva desvairada,
cheio de concreto e aço,
eu não tenho nem uma casa.

Vivo por ai, vagando.
Sem saber onde chegar.
Com palavras eu escrevo,
e vim me confessar.
De poéta ou vagabundo,
Muitos vão me chamar.

De poesia tenho a vida,
Vagabundo não sei porque.
Viver é o que eu faço,
Poesia até morrer.
No caixão vão escrever:

Aqui jazz, samba, maracatu e baião...
Vivo ou morto, não importa.
De lembrança deixa histórias.
Sua missão aqui cumpriu.
Viveu seus tantos anos.
Sua vida ele curtiu.

Deixa um lapis e um papel,
deixa até sua viola.
Foi-se embora pra outro mundo.
Descansando o vagabundo.

Quero um lápis em minha mão,
homenagiando minha companheira,
Tantos anos solidão!
Ao meu lado a vida inteira.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Bela Catarina

Cheguei até aqui,
Em terras do meu Brasil,
No sul Conheci a Bela Catarina,
Por ela me apaxonei.

Seus olhos, como o mar,
Sua boca, como Canoas,
Em um mar de belezas,
Naveguei em seu corpo.

Entre montanhas e vales,
Entre matas e desertos,
Entre frios e gelados,
Entre secos e molhados,
Entre sussurros e gemidos,
Dias inesquecíveis eu passei.

Um dia fui-me embora
e uma promeça deixei,
Navegar em outros mares,
Certamente eu irei,
Catarina tu não é santa,
Mas é bela como o mar.
Prometo que um dia,
Nessas terras vou morar.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O TEATRO DA VIDA

Lunático, eu?
As vezes.
Louco?
Um pouco.
Problemático?
Certamente.
Vivendo assim,
Todos os dias,
Na problemática da vida.

Sorrindo, cantando e criando,
Escondo meus defeitos.
E vivo vários personagens,
De palhaço a vilão,
de mocinho a galã.
A vida é um teatro,
Qual personagem amanhã?

Mundo assim, só assim mesmo,
De outro jeito não da não.
Vida minha muito louca,
No momento solidão.

Penso muito nisso tudo,
E procuro a solução.
Uma luz no fim do túnel,
na minha direção.
Pode ser a loucura,
Ou quem sabe a razão.

Um dia desses eu...


Juntando as peças desse jogo,
percebi o quanto demorei,
para descobrir que a vida não é isso,
nem aquilo que dizem que é.
A vida faço do meu jeito,
do jeitinho que eu quizer.
Se eu quizer jogar tudo para o alto
e ir morar no mato,
parto amanhã mesmo.
Pego minha barraca, meu violão,
um caderno e uma caneta e lógico
uma boa companhia!
Fico o tempo suficiente para querer mudar.
Pego minha canoa e parto para o mar.
Fico dias a remar, até chegar a pasárgada.
Lá, como não sou amigo do rei, terei que pagar...
Pagar nada, chamo uma duzia de loucos e pasargada vai se separar.
De um lado as terras do rei e do outro de quem quizer chegar.
Lá vai ter de tudo, roupas ninguem vai querer usar!
Água de cõco liberada o banza vai rolar.
Amanhã é outro dia... Esse dia vai chegar!
Acho melhor eu dormir, amanhã tenho que trabalhar!
Apague a luz amor...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

eu queria tanto
ser um poeta maldito
a massa sofrendo
enquanto eu profundo medito

eu queria tanto
ser um poeta social
rosto queimado
pelo hálito das multidões

em vez
olha eu aqui
pondo sal
nesta sopa rala
que mal vai dar para dois
Paulo Leminsk

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

No meu terreiro....

No meu terreiro vejo o sol nascer,
O galo cantando, as arvores balançando,
O sol iluminando, o vento soprando...
Um verdadeiro espetáculo teatral,
Onde o galo canta, as árvores dançam,
O sol ilumina e o vento da todo um efeito especial.
Tudo isso sob a direção da NATUREZA!