Total de visualizações de página

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Confesso



Confesso, Conto tudo pro sinhô!
Tenho que confesar!

Vivo na poesia,
Mundo louco das palavras.
Pois nessa selva desvairada,
cheio de concreto e aço,
eu não tenho nem uma casa.

Vivo por ai, vagando.
Sem saber onde chegar.
Com palavras eu escrevo,
e vim me confessar.
De poéta ou vagabundo,
Muitos vão me chamar.

De poesia tenho a vida,
Vagabundo não sei porque.
Viver é o que eu faço,
Poesia até morrer.
No caixão vão escrever:

Aqui jazz, samba, maracatu e baião...
Vivo ou morto, não importa.
De lembrança deixa histórias.
Sua missão aqui cumpriu.
Viveu seus tantos anos.
Sua vida ele curtiu.

Deixa um lapis e um papel,
deixa até sua viola.
Foi-se embora pra outro mundo.
Descansando o vagabundo.

Quero um lápis em minha mão,
homenagiando minha companheira,
Tantos anos solidão!
Ao meu lado a vida inteira.

3 comentários: